sexta-feira, maio 11, 2012

Butterflies in the stomach

Expressões são reflexos de uma cultura. Há algum tempo falei aqui da expressão "rust never sleeps", mal traduzida em um filme como "água mole em pedra dura tanto bate até que fura"... Tratava-se, sim, da velha ferrugem, que atua dia e noite e, sem prevenção, corrói peças metálicas à vontade. Poderíamos interpretar a ferrugem de várias maneiras: a depressão, a artrose, a preguiça...

Mas não é que me foi apresentada uma expressão fantástica e, para mim, completamente desconhecida?! "Butterflies in the stomach"! Imagine algumas borboletas movendo suas leves asinhas a mil repetições por minuto em seu estômago! Imagine a movimentação e o vazio gelado que isto provocaria! Você já sentiu isso. Talvez esteja sentindo agora... A mais direta tradução resume-se ao famoso "frio na barriga", aquela sensação de espera e medo, ansiedade e eletricidade...

Por quê borboletas?! Fácil imaginar que o movimento das asas provoque um "vento", ou uma "brisa" no interior do estômago e a sensação de friozinho, encolhimento, contração na barriga. Faz sentido. Fantástico é imaginar como alguém pode ter criado esta relação borboleta-frio-medo e, assim, uma expressão que atravessaria tempo e espaço e chegaria, hoje, aos nossos ouvidos e nossa compreensão. Ah, o ser humano!...